Museu Virtual

 

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Museus virtuais: A importância da usabilidade na mediação entre o público e o objeto museológico

Rute Muchacho

Departamento de Ciências da Comunicação, Artes e Tecnologia da Informação

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia

Rute.muchacho@ulusofona.pt

Com este trabalho a autora pretende que se compreendam duas questões fundamentais para a temática dos museus virtuais que são: O designe de Interfaces e a Importância da usabilidade.

1-O designe de interfaces: entender de que maneira os museus virtuais empregam a internet e de como isto se desenvolve entre o usuário e o objeto museológico.

2- A importância da usabilidade na criação dos museus virtuais – averiguar de que maneira este assunto e empregado nos museus virtuais.

O texto discorre sobre museologia e novas mídias (Novas mídias é um termo amplo que normalmente se refere à soma de novas tecnologias e métodos de comunicação para se diferenciar dos canais de comunicação tradicionais como TV, radiodifusão, imprensa, etc…)http://pt.wikipedia.org/wiki/Novas_mídias 

Pontos fortes: 

  1. Facilitar a recepção informativa, pedagógica e estética do objeto museal.
  2. Criar diversos percursos de acordo com experiências, gostos pessoais e nível cultural.
  3. Facilitar a participação e o interagir do público.
  4. Estreitar a comunicação com o público através das mídias principalmente a internet como instrumento de comunicação (divulgações informativas, e-mails, catálogos, convites, trocas de informações entre especialistas, etc.)
  5. A criação de sites com informação sobre o acervo.
  6. Outras formas de utilização como parcerias institucionais – convidar outras instituições para exposições virtuais com conteúdo culturais e patrimoniais de vários museus.

Pontos fracos:

  1. Acervo imenso.
  2. Vários públicos e diversos interesses.
  3. Multiplicidade de audiência, várias expectativas, mensagem que se pretende transmitir.
  4. Uso de termos específicos da metodologia museológica.
  5. Designe muito elaborado: confunde e distrai o utilizador.
  6. Espaço expositivo exploratório que desencorajam a navegação.
  7. Percursos impostos pelo espaço museológico virtual.
  8. Museus criados com o intuito de complementar o museu físico.

Desafios:

Conseguir atender as reivindicações das diversas audiências e conseguir adequar seu patrimônio cultural as novas mídias concorrendo para uma difusão efetiva do conteúdo museológico.

Como fala Rute no seu artigo: O museu virtual é essencialmente um museu sem fronteiras, capaz de criar um diálogo virtual com o visitante, dando-lhe uma visão dinâmica, multidisciplinar e um contato interativo com a coleção e com o espaço expositivo.

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BIBLIOGRAFIA:

http://www.bocc.ubi.pt/pag/muchacho-rute-museus-virtuais-importancia-usabilidade-mediacao.pdf

“HARMONIA”

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Comentário sobre o filme Harmonia, de Jaime Lerner ( Brasil, 2000, 16 mm, cor, 90 min)

Sinopse: Harmonia é o nome de um parque da região central de Porto Alegre, próximo ao rio Guaíba e foi palco de disputa entre dois grandes movimentos de cultura popular do Rio Grande do Sul: dos tradicionalistas e dos carnavalescos. O conflito foi desencadeado pelo projeto de construção de uma pista de eventos no parque. Através de pesquisa histórica, conta a origem de cada um dos movimentos.

Comentário: Como salienta a sinopse do filme o documentário trata da disputa de um espaço físico, mas o intuito principal é a preservação e a hegemonia da identidade do gaúcho neste local, em Porto Alegre e no Estado, que a muito custo foi forjada através de anos  de eventos e divulgação contra a ameaça de uma identidade nacional, muito maior e abrangente como o carnaval. O longa “Harmonia” que discute os conflitos entre cultura popular  e tradicionalismo no Rio Grande do Sul  é um registro histórico da construção destas duas identidades no Estado e proporciona um relato atual e fiel deste processo e de como ele acontece. O filme também salienta que estas identidades podem conviver desde que uma não ameace o espaço da outra. Como prova disso adiciono algumas imagens que representam a interação, onde identidades diferentes se fundem sem preconceito de nenhuma espécie, em perfeita “Harmonia”.

Imagem1                           harmonia 32

  1. sambodromo/http://www.noticiario-periferico.com/2013/09/negro-em-foco-lanceiros-negros.html
  2. http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/reporter-farroupilha/platb/2012/12/13/tradicao-gaucha-invade-o-

Acessibilidade dos museus

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A palestra e conversa com Anajara Carbonell Closs sobre acessibilidade em espaços culturais nos faz refletir o quanto é difícil para pessoas com limitações e até sem limitações terem uma mobilidade e um entendimento ideal nos espaços culturais e isso inclui todos os tipos de espaços, pois os limitantes são os mais diversificados, começando pelos físicos e daí prosseguem pelos sociais, econômicos, culturais, sanitários, ambientais, comportamentais e muitos outros. Isto passa pela falta de preparo dos agentes responsáveis por esta inclusão que na maioria das ocasiões em vez de criar facilitadores inventam normas dificultando o acesso e mobilidade das pessoas em tais espaços.

Eu passei por uma situação destas no MARGS ,quando visitei a 9ºBienal do MERCOSUL no mês passado, na entrada fui barrada e me informaram que eu não poderia entrar com mochila (a visita era uma aula de arte; grande número de alunos usa mochila para ir à aula e como bolsa; portando carteira com dinheiro, documentos, cartões, etc.) disseram que eu poderia deixá-la na recepção, mas não havia armários com chave e nem espaço físico apropriado para a demanda do momento, então dei volta e até hoje ainda não visitei as obras do MARGS. No Santander cultural, no Gasômetro e no Memorial do RGS não tive problemas com a mochila. Será que nestes lugares as obras eram menos valiosas ou a administração mais voltada para o público externo e não preocupada em resolver os seus problemas de segurança, circulação, etc… Se esquecendo de que a sobrevivência de um museu depende de visitantes ou será que só irão lembrar-se disso somente quando estiverem as moscas e fecharem por pura falta de competência ou desvio da função principal.

Como estudante de arte e museologia fiquei deveras constrangida com tal fato, pois nós estudamos tanto para melhorar a divulgação e apreciação da cultura e tudo vai por água abaixo com atitudes como esta.

Portanto, é mais que necessário que o museu seja visto como uma empresa, que necessita vender seu produto e para tal deve encantar o cliente. A excelência acontece ouvindo, observando e aprendendo com as pessoas que frequentam tais lugares. Também, deve-se investir cada vez mais em profissionais capacitados a realizar planejamentos e estudos a fim de aperfeiçoar e valorizar os bens culturais. Só assim teremos um museu em sintonia com a comunidade, constantemente questionando sua função e propósito.

Gráfico básico para acessibilidade:

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*LGP significa Lingua Gestual Portuguesa

Bibliografia:

http://midas.revues.org/246

http://www.rinam.com.br/

Acessado em 04112013 às 14h

Resenha Crítica

nós que aqui estamos por vo´s esperamos 001“Nós que aqui estamos por vós esperamos”

Filme documentário de 1998, dirigido por Marcelo Masagão.

Em 1911, o alfaiate francês Franz Reichelt decidiu provar sua invenção, um traje especial que construíra, uma combinação de um sobretudo com paraquedas, saltando da Torre Eiffel.

A história do alfaiate, que fatalmente esborrachou-se ao chegar ao solo, serve para ilustrar o sempre eterno sonho humano de voar, e contrapõe essas imagens ao trágico acidente do ônibus espacial norte americano Challenger, em 1986 – tal oposição pode também pode ser interpretada como o simbolizar fílmico das dicotomias ingenuidade/ciência e inocência/tecnologia

Resenha crítica:

Este documentário faz uma retrospectiva do século XX através de imagens de arquivos, de fatos importantes e de fatos corriqueiros, de famosos e de anônimos . Nestas inúmeras imagens Marcelo aborda as frustrações e ilusões do homem do Séc. XX em relação ao desenvolvimento tecnológico e seus efeitos, Marcelo pontua também sobre arte, politica, guerras, tragédias e faz um contraponto entre as coisas boas e as ruins advindas das transformações geradas pelos sucessivos eventos que compõe a passagem do tempo e a vida de cada ser no mundo.

O filme tem um enfoque humanista, embora um tanto depressiva, cabe ao expectador interpretar e fazer seu julgamento sobre  como este homem reage e se adapta as modificações  e elaborar como estes influenciam nossas atitude em relação a humanidade.

No filme ainda podemos notar  certa angustia na demonstração de como é perene a vida, mas também sentimos  que o sonho está presente,  garantido que se avance mesmo com medo e precariedade como fez o alfaiate na torre Eiffel em 1911, ele acreditou, não deu certo, mas se desse? Portanto,  o mundo vai continuar a ser  consequência de atos, só que cada vez mais rápidos,  mais incerto, mais relativo, mais frágil, cabe a nós decidir se pulamos….

Como salienta Sundar Sarukkai ‘ A ciência é o discurso dos fatos – fatos sobre o universo. A ética diz respeito a valores- valores sustentados pelos humanos”.

Quando o homem souber utilizar o desenvolvimento cientifico com ética não restaram problemas, mas o homem é um ser complexo repleto de sentimentos contraditório quase nunca lúcido e sábio o suficiente para se enxergar no outro.